Se é o que te faz feliz, faça!

Andava eu estressada por estar com você sozinha durante os dias em que o seu pai estava internado. Não aguentava mais ouvir mamãe a toda hora, apesar de ser apaixonada pelo som dessas palavras quando elas saem da sua boca. Era sábado e eu te levei para retirar os pontos (pois é, vc caiu na escola e bateu o rosto na quina da parede e levou 6 pontos) e depois da tortura que foi ver esse processo perguntei se você gostaria de ir lanchar comigo. Você disse que queria batatinha frita e como isso não faz parte do nosso cardápio aqui em casa, abri uma exceção e a levei no The Fifties, que tem uma batatinha frita incrível. Eu tinha trabalhado quase que o sábado inteiro e depois fui com vc para o hospital e mais o cansaço de toda a semana eu estava realmente um bagaço. Sentamos, desenhamos e bebemos mate enquanto o garçom não trazia a batata. Quando chegou, nós começamos a comer e em determinado momento você começou a lamber a batata frita para tirar o catchup. E eu pedi para você parar de fazer isso várias vezes. Até que em determinado momento você virou para mim e disse: "Mas mãe, eu ADORO lamber!". Eu caí na gargalhada e diante de uma explicação tão bem colocada eu acabei dizendo para você que se era assim, que você lambesse quantas quisesse, pois a gente tem que fazer o que ADORA sempre que for possível. E vamos combinar que lamber batata não é nenhum crime. Terminamos o dia sorridente e com a barriga cheia de batata frita. Minha pequena, aos três anos você já me dá grandes lições.